Instituto Amazônia é única entidade do AM contemplada em edital da Caixa

Instituto concorreu em chamada pública e teve projeto aprovado pela Caixa Econômica Federal (CEF) / Foto: Paulo André Nunes e Divulgação

 

O Instituto Amazônia é a única entidade do Estado contemplada no edital do Projeto Fundo Sócioambiental Caixa, que incentiva projetos de desenvolvimento e cidadania pelo País. A instituição teve sua proposta para o projeto “Caminhos do Frei” selecionada na Chamada Pública 01/2017, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do último dia 5 de junho, mas a confirmação só veio durante esta semana após esgotados os prazos de recursos de proponentes.

O Fundo aprovado é de R$ 271.000,00, sendo que R$ 193.260,00 serão com aplicações não-reembolsáveis, e R$ 77.800,00 contrapartidas mensuráveis mediante prestação de contas.

O projeto de desenvolvimento social Caminhos do Frei, proposto e desenvolvido pelo Instituto Amazônia junto aos moradores da Comunidade São Vicente, que envolve os logradouros Frei José dos Inocentes, Bernardo Ramos, Sete de Setembro, Visconde de Mauá Taquerinha, Gabriel Salgado, Governador Vitório e Travessa Vivaldo Lima, tem transformado a realidade de dezenas de famílias que residem no local, a partir das ações culturais e de atividades complementares como aulas de reforço, idiomas, dança, teatro, música, artesanato, entre outras modalidades.

Os cursos são abertos ao público em geral, mas destinam parte das vagas de forma gratuita aos moradores da comunidade. E mais: todos os cachês e arrecadações oriundas da Feira do Paço, evento de economia criativa que é realizado todo segundo domingo de cada mês no Paço Municipal, e que é organizado pelo Instituto Amazônia, são revertidos integralmente ao projeto Caminhos do Frei para custeio e manutenção das atividades e ações em andamento.

 

 

Satisfação

O presidente do Instituto Amazônia, Paulo Henrique de Castro, comentou sobre a aprovação do Fundo Socioambiental da Caixa: “Ao tomarmos conhecimento deste projeto da Caixa, o Instituto candidatou-se e apresentou o projeto Caminhos do Frei, que é o nosso braço social, e que tem ações que atendem a comunidade, ações sociais e de capacitação, danças, músicas, reforço escolar e aulas de inglês, e veio a ser o único projeto aprovado no Estado do Amazonas . O apoio financeiro da Caixa é para 1 ano de atividades  do projeto e não retornável”.

“Este é o projeto social do Espaço Vicente, ou seja, do projeto de requalificação do Marco Zero da cidade”, ressalta o presidente.

O objetivo principal do recurso é viabilizar projetos que tenham como finalidade a erradicação da pobreza, inclusão social e econômica, promoção da justiça, dignidade e qualidade de vida.

Os proponentes tiveram um prazo de até 30 dias, após convocação da Caixa, para adotarem as providências que antecedem a celebração do Acordo de Cooperação Financeira (ACF), instrumento que formaliza o apoio financeiro do FSA Caixa à proposta de projeto aprovada.

O resultado final foi confirmado durante esta semana em comunicado assinado pela gerente nacional de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental Eventual em Exercício da Caixa Econômica, Mara Luísa Alvim Motta.

Necessidades

A Comunidade São Vicente, onde o Instituto Amazônia atua com seus projetos sociais, não possui serviços essenciais à coletividade como, por exemplo, posto de saúde, escolas e unidade de policiamento, entre outras necessidades básicas sempre pleiteadas pelos moradores.

Revitalização prevê pintura de imóveis

O Instituto  Amazônia concluiu o levantamento técnico das residências visando as ações de intervenção nos imóveis do Espaço São Vicente,  área de atuação da entidade, e que compreende os logradouros Frei José dos Inocentes, Bernardo Ramos, Sete de Setembro, Visconde de Mauá Taquerinha, Gabriel Salgado, Governador Vitório e Travessa Vivaldo Lima.

 

 

A iniciativa integra o projeto de revitalização do Espaço são Vicente e a sua aplicabilidade tem o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). O Instituto Amazônia ainda busca captar recursos para esse fim.

Há pouco mais de uma se mana, em reunião da entidade com os moradores, foi apresentada a placa que ficará nas casas dos moradores que estiverem cientes com as mudanças, que vão incluir pintura e alguns outros detalhes que se fizerem necessários. As placas trazem o selo do Patrimônio Histórico Nacional lançado este mês pelo lphan. “As placas são indicativos de que aquela residência está aderindo ao projeto de requalificação urbana proposto pelo Instituto Amazônia para o Marco Zero da cidade de Manaus”, explicou Mônica Bologna, gerente do projeto Caminhos do Frei e membro-fundadora do Instituto Amazônia. A entidade deve anunciar em breve os próximos passos das ações de intervenção.

Instituto lançou série de projetos

O Instituto Amazônia tem 16 anos de existência e é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), sendo prestador de serviços e sem apoio  financeiro, levando o slogan social “Nossa Meta é o Homem”. O Departamento de Cultura e Economia Criativa da entidade apresentou, no início do mês, sua sede, na rua Bernardo Ramos, 145, Centro, seu leque de projetos, ações sociais e atividades dentro do Projeto de Requalificação do Centro Histórico de Manaus.

Um desses projetos anunciados é o Programa de Desenvolvimento da Economia Criativa, que visa qualificar os empreendedores cadastrados na instituição para desenvolverem seus próprios negócios.

Selo Uirapuru

Outra ação é o Programa de voluntariado do Instituto Amazônia. Foi lançado, também, o selo musical Uirapuru, uma iniciativa que visa valorizar o potencial dos artistas locais.
“Queremos criar produtos e carreira para os músicos, numa cadeia criativa. Acreditamos que o selo vai potencializar esses artistas. E estamos entusiasmados com esse projeto”, disse o gestor Beto Contartesi.

‘Braços importantes’

A oscip recuperou dois imóveis que funcionam como importantes braços do Instituto Amazônia. Um deles é a própria Casa do Frei, por estar instalado na rua Frei José dos Inocentes e que atua com cursos sociais, culturais, econômicas e ambientais.

O  outro, na mesma localidade, é a Casa da Arte, com oficinas, como o próprio nome diz, artísticas (música, dança, circense e outras atividades).

“Aqui é o Marco Zero, aqui que começou a cidade de Manaus, e infelizmente 80% da população não conhece esse local”, ressaltou Paulo Henrique, diretor-presidente do Instituto Amazônia.

“Queremos reinventar esse local ouvindo corações. Estamos aqui para traçar esse caminho. Nossa meta é o homem. Temos papel fundamental e a comunidade também tem que querer modificar a situação”, comentou Mônica Bologna, gestora da Casa do Frei.

 

Fonte: Acritica.com

 

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