Acre, Amazonas e Pará lideram produção da Castanha-do-brasil no país

Os Estados que compõem a Região Norte (Acre, Amazonas e Pará) são os maiores produtores do País em relação à distribuição e produção da castanha-do-Brasil. No período de 2005 a 2008, o Acre era o maior produtor da região. Em 2009, houve um aumento de 76% no Estado do Amazonas, em relação ao ano anterior, o que levou o Estado a alcançar a primeira posição.

Em 2011, o Acre registrou o maior volume de produção de todo o período analisado, passando de 12,3 mil toneladas para 14 mil toneladas e mantendo-se como o segundo maior produtor.

De acordo com estudos realizados pelo analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) M.Sc. em economia aplicada, Mário Muniz, a castanha-do-Brasil apresentou mudanças positivas no Estado do Acre. O que fomenta as avaliações positivas são as sequências de políticas públicas e a estruturação de uma cooperativa de produtores, instalada no Estado.

De acordo dom dados preliminares apresentados pelo órgão as estimativas de comercialização do produto é que a safra 2012–2013 continuem favoráveis.

O analista da Embrapa/AC avalia que vários são os fatores que contribuíram diretamente para o aumento na produção. “A criação da Cooperativa Central de Comercialização de Extrativista do Acre (Cooperacre) foi um deles. A tributação aplicada pela Secretaria de Fazenda do Acre à saída da castanha-do-brasil com casca para outros estados é outro fator que impulsionou”, disse.

Comercialização do produto

O especialista informa ainda que nos últimos dois anos, a comercialização do produto já descascado entrou fortemente no mercado nacional e apresentou crescimento de 348%, e de 661% em relação ao valor faturado.

Em 2011, 858 toneladas de castanha foram comercializadas ao preço médio de U$$ 8,05/kg. “A Secretaria da Fazenda do Acre, (Sefaz/AC), aponta que em 2012 a tendência é que se mantenha já que os dados registrados até o mês de setembro mostram que já foram comercializadas 698 toneladas de castanha-do-brasil e o faturamento superou a marca de R$ 11 milhões”. Enfatizou.

O castanha industrializada é um dos maiores motivos desse crescimento. Foto: Mda.gov.br

O castanha industrializada é um dos maiores motivos do crescimento. Foto: Mda.gov.br

O comerciante Eulário da Cruz trabalha na comercialização dos produtos da floresta há mais de 20 anos. Ele afirma que a venda da castanha, tanto com casca como industrializada, sempre surpreende. “Eu vendo mais de 20 saquinhos por dia, e cobro R$ 5 em cada saco da castanha descascada”, disse.

Segundo lugar na produção

Os estudos de Márcio Muniz apontam informa ainda que  mesmo com as restrições sanitárias e financeiras para o mercado externo, a castanha foi inserida no mercado interno. “Tivemos um valor significativo em relação a quantidade e ao faturamento com a comercialização em maior escala do produto sem casca. Esperamos que o extrativista possa ser o maior beneficiário dos ganhos”, finalizou o analista.

 

Fonte: Portal Amazônia

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