Satélite gera internet em alta potência para conectar cidades da Amazônia

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Os primeiros serviços de internet do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) serão prestados, a partir do próximo mês de setembro. A previsão é do presidente da Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras), Antonio Loss, que apontou o satélite como um marco na história brasileira, além de ser o equipamento responsável para levar internet de alta velocidade a todo o País, incluindo cidades isoladas do Amazonas e até comunidades indígenas instaladas em áreas remotas na Floresta Amazônica.

A conexão de alta velocidade será possível porque o Satélite Geoestacionário atua com banda Ka que permite, segundo Loss, conexão de alta potência e mais cobertura. De acordo com o presidente da Telebras, por possuir banda Ka, o SGDC vai possibilitar acesso à internet de alta velocidade em escolas e hospitais de áreas remotas do Amazonas, como o acesso à telemedicina, via internet. Segundo Loss, já existem satélites que fazem a cobertura no País, mas não são equipamentos destinados a cobrir, de forma igual, o Amazonas, a Região Norte, da mesma forma como recebem coberturas, por exemplo, o Sul e extremo Sul do País.

Loss afirmou que já morou no Amazonas e acredita que situações costumeiras de cidades do interior do Estado, como estudantes que precisam percorrer longas distâncias, de carro ou de barco, serão solucionadas com o acesso facilitado à conexão de alta velocidade. “Alunos vão poder ter ensino a distância e o acesso à telemedicina vai poder ser feito, também, via internet”, afirmou o presidente da Telebras, acrescentando que documentos, como exames médicos, poderão mais facilmente ser recebidos nos municípios do interior do Amazonas, sem necessidade de deslocamento para outras cidades.

De acordo com Loss, o próximo passo da Telebras é firmar contrato com programas federais, como o Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac) que é voltado a oferecer, gratuitamente, conexão à internet banda larga, por via terrestre e satélite, a telecentros, escolas, unidades de saúde, aldeias indígenas, postos de fronteira e quilombos. Convênios assinados entre os ministérios da Educação, da Saúde e a Telebras vão permitir que, pelo menos, 7 mil equipamentos públicos municipais, estaduais e federais possam conectar-se à rede mundial de computadores. “Esse satélite vai levar muita cidadania e inclusão social”, acrescentou Loss.

Soberania

Além da banda KA, o Satélite Geoestacionário também atua na banda X, que corresponde a 30% da capacidade do equipamento, de uso exclusivo das Forças Armadas para comunicações estratégicas de defesa do governo. O equipamento será controlado pelo Ministério da Defesa e pela Telebras. Por ser coordenado apenas por brasileiros, o Satélite Geoestacionário garante, segundo Loss, soberania nacional já que navios, aviões e bases militares poderão se comunicar de forma rápida e segura ao longo dos 18 anos de vida do equipamento.

O SGDC é um dos instrumentos do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), iniciativa do governo federal para massificar o acesso à internet em banda larga no País, principalmente, regiões mais carentes dessa tecnologia. O Satélite Geoestacionário é uma parceria entre o Ministério da Defesa e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O SGDC contou o investimento de cerca de R$ 2,7 bilhões.

O Satélite Geoestacionário possui 5,8 toneladas, cinco metros de altura, foi lançado, no último dia 4 de maio, a bordo de um foguete do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa.

Fonte: D24am

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