No Dia da Terra, cientistas alertam sobre importância de pesquisas na Amazônia

Cientistas de várias especialidades se reuniram no Musa, localizado no Centro de Manaus, para falar sobre os rumos da ciência no Brasil e no mundo. Eles destacaram a importância de serem desenvolvidas pesquisas na Amazônia. O encontro ocorreu de modo simultâneo em mais de 300 cidades neste sábado (22), data em que se comemora o Dia da Terra.

Entre as discussões em pauta na capital amazonense, estava o uso das tecnologias para a guerra e a falta de visibilidade em relação às pesquisas realizadas na Amazônia.

“Hoje a ciência é considerada uma questão de mercado. Até hoje esperamos que uma empresa de biotecnologia se implante na Amazônia, mas não é assim rápido. Pois nossa ciência é de formação de recursos humanos e serve também de compreensão da própria natureza que nos rodeia. E também há muitos anos a ciência que estava em prol dos direitos humanos, na busca pela paz, está profundamente comprometida, principalmente pela atual conjuntura internacional, pois nunca estivemos tão perto de uma guerra nuclear desde os anos 1950. Então essa mobilização também é uma marcha pela paz”, disse o ex-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ennio Candotti.

Biólogos que participaram do encontro ressaltaram as dificuldades enfrentadas durante as pesquisas. Eles afirmam que é preciso existir mais investimentos na área.

“Sem esses recursos fica difícil de fazer ciência. Nós somos botânicos e analisamos plantas, para que elas servem, qual a classificação e isso é o básico para que se faça qualquer ciência e até mesmo para definir áreas de conservação. Nessa parte da ciência para a comunidade ainda falta muita coisa. As pessoas talvez não saibam a importância do que a gente faz, de porquê estudamos essas plantas. Então mostrar para a sociedade isso é importante, porque você não tem como preservar aquilo que você não conhece”, disse a bióloga Fernanda Cabral, de 36 anos. Ela é do Rio Grande do Sul (RS) e participou do evento com outros dois amigos, de Pernambuco e do Peru.

Fonte: G1 AM

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