Lançado o emblema do Patrimônio Cultural Brasileiro

 

Agora os bens reconhecidos como Patrimônio Cultural Brasileiro possuem uma identidade visual única e comum. Abstração, cores e simbolismos caracterizam o emblema lançado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 16 de agosto, véspera do Dia do Patrimônio Cultural no Brasil e celebra também os 80 anos do Iphan. Este é um novo marco para a promoção, difusão, sinalização e proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro, que deve ser utilizado não só pelo Iphan, mas por todos os parceiros na preservação, gestão e valorização do Patrimônio Cultural, em especial as comunidades detentoras desses bens.

O lançamento do emblema ocorreu durante o Seminário Internacional Gestão do Patrimônio Moderno, realizado pelo Iphan no Auditório do Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). Além do emblema, também foi apresentado o Manual de Identidade Visual e Aplicação, criado pelo vencedor do concurso, o designer Fábio Lopez. As orientações técnicas para a produção de projetos gráficos, relacionados ao Patrimônio Cultural no país, já estão disponíveis no site do Iphan.

O concurso para a escolha do emblema contou com mais de 280 propostas inscritas. Os trabalhos foram avaliados por uma Comissão Julgadora, constituída por representantes de diversas Instituições parceiras do Iphan: Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), UNESCO, ICOMOS e Associação dos Designers Gráficos do Brasil.

 

O vencedor do concurso, o designer carioca Fabio Pinto Lopes de Lima (que assina Fabio Lopez) conta que beleza, proteção e reprodução são ideias que estiveram presente na origem do sinal proposto. Para ele, são conceitos associados à tarefa de preservar e valorizar o Patrimônio Cultural Brasileiro. “A opção por um caminho mais abstrato me pareceu muito natural porque o Patrimônio Cultural é um conjunto muito complexo de manifestações. Assim o recurso da figuração seria inviável, pois eu teria que escolher de forma muito exclusiva algum elemento do patrimônio”. A forma circular do emblema expressa a perspectiva de movimento, ressignificação, a natureza complexa do Patrimônio Cultural Brasileiro que se encontra em permanente construção.

Designer e mestre pela ESDI-UERJ, Fábio Lopez é também professor do departamento de Artes e Design da PUC-Rio. Atualmente integra o conselho curador da Bienal Tipos Latinos, após ter sido coordenador técnico e jurado da mostra. Desde 2000 atua como designer independente em projetos de identidade visual, tipografia, moda e ilustração. É autor do projeto mini Rio’, homenagem e extenso exercício de representação visual que resultou na criação de mais de 200 pictogramas e padronagens sobre o Rio de Janeiro.

Em 2010 trabalhou na criação da marca dos Jogos Olímpicos do Rio, tendo sido o responsável pela criação do logotipo Rio 2016. Em 2011 venceu o concurso de criação da marca do Centro Carioca de Design, órgão de fomento ligado à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Já criou selos postais para os Correios, tendo publicado, em 2013, uma série sobre Cemitérios Tombados pelo Patrimônio. É palestrante, consultor e articulista.

 

Fonte: IPHAN (portal.iphan.gov.br)

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