Em aldeias indígenas da Amazônia, educação bilíngue alia o formal e o tradicional

 

Crianças: índios da Vila Três Unidos - Léa Cristina / Agência O Globo

Crianças: índios da Vila Três Unidos – Léa Cristina / Agência O Globo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na terra de Uhí (ou Estéfani), o cacique não estava, quando nosso grupo de visitantes chegou. Ele tinha ido a Manaus, a uns 70 quilômetros dali, para uma reunião do programa do governo federal “Luz para todos”. Sim, porque na Vila Três Unidos, localizada no Rio Cuieiras, afluente do Negro, tudo funciona por gerador.

Na educação básica, municipal, são 25 alunos, e o ensino é bilíngue. Português pela tarde e kambeba, a língua de sua etnia, à noite. Na estadual, são 120, já que, como sede do projeto, a vila concentra estudantes de diferentes comunidades da região. Uma lancha escolar garante o transporte rio acima.

Mas Três Unidos quer mais. No caso, terá pousadas para receber turistas e pesquisadores. Também com apoio de órgãos públicos, a vila se prepara para, no mês que vem, inaugurar quatro chalés que estão sendo construídos próximos dali.

— Estamos em terra indígena, em área de conservação, tudo está sendo feito com recursos naturais e cuidadosamente — garante Tomé, acrescentando que o grupo é originário do Solimões e foi se assentar ali, em 1990, por iniciativa de seu avô, o fundador. — Tudo vem sendo feito pelo progresso da nossa comunidade.

Fonte: O Glob

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