No próximo dia 8, Casa do Frei oferece Curso de Feltragem

A arte de feltrar, além de encantadora e terapêutica, é uma ótima ferramenta para gerar renda a partir de diversos produtos confeccionados com a lã.  Bonecas, bolsas, jogo americano, objetos de decoração, são apenas alguns exemplos de peças confeccionadas por meio da feltragem.

Para ensinar as técnicas de produção e aplicação dessa arte, a Casa do Frei irá sediar nos dias 08, 10, 15 e 17 de maio o curso de feltragem com a professora e artesã Galina Baleva. O curso será ministrado no período da tarde, das 14h às 17h. O investimento é de R$ 350,00, com direito a 3 kits de materiais. Para mais informações, entrar em contato com a produção pelo whatsapp 98829-9459.

Vagas limitadas!

Origem da Feltragem

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A arte de trabalhar o feltro é muito antiga e pensa-se que teve origem na Ásia (Mongólia, na Turquia). Os vestígios arqueológicos mais antigos que foram encontrados datam de 600 a.C.. No entanto, há quem acredite que os homens já conheciam a fabricação do feltro muito tempo antes. Desde esta época o feltro é então utilizado para vestuário, tapetes, mantas e diversos tipos de artigos de utilidade – até mesmo tendas, que ainda hoje são os alojamentos de povos nómadas asiáticos.

Há muitas lendas sobre a origem do feltro. Conta uma lenda, que na Arca de Noé encontravam-se, entre outros animais, ovelhas num espaço muito pequeno. Devido ao calor, as ovelhas perdiam a lã e, devido à acção da urina (a lã feltra-se melhor na área alcalina) e das patadas dos bichos, após o desembarque, um grosso tapete de feltro tapava o chão da arca. As características positivas do feltro eram estimadas desde então e têm sido reanimadas e desenvolvidas nos últimos anos, muito também na área pedagógica.

Essencialmente existem dois tipos de feltro: o industrial (que normalmente é o mais conhecido pela maioria das pessoas) e o artesanal.

Feltro Industrial

industrial

Este tipo de feltro é considerado não tecido (TNT) e é feito de lã ou outros pelos (coelho, camelo, alpacas, etc.) ou ainda de outras fibras artificiais. As fibras são agregadas por meios mecânicos (calandra, que não tece, apenas compacta), produzindo o feltro através de uma prensa com inúmeras agulhas próprias para o efeito, que batem imensas vezes sobre a manta de fibras.

O feltro industrial tem imensas utilizações, como por exemplo, chapéus, tapete, chinelos, decorações e outros trabalhos artesanais. Normalmente é comercializado ao metro ou em folhas.

Feltro Artesanal

artesanal

Inseridas na feltragem artesanal estão, pelo menos, duas técnicas mais conhecidas e distintas: a feltragem com agulha (needleting) e a feltragem com água e sabão (wet felting). A feltragem com agulha pode ser executada com uma ou mais agulhas, criando peças tridimensionais ou planos e é designada muitas vezes por feltragem seca.

Normalmente a lã de feltrar com agulha existe em dois tipos: em manta (mais áspera e irregular) e penteada (em mecha, mais lisa e macia).

Agulhas de Feltragem

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As agulhas de feltrar são específicas para este efeito, por terem pequenos esporos ao longo da sua zona final, que permitem entrelaçar as fibras da lã, quase de forma mágica. Picando a lã sobre uma esponja, depressa se conseguem prender as fibras de forma resistente.

Existem diversos tipos e tamanhos de agulhas de feltrar e que utilizam com diferentes objetivos. O número, a forma da ponta e o ângulo da ranhura da agulha determinam o tipo de lã e a precisão do trabalho a executar. Quanto mais fina for a agulha, maior a precisão. O diâmetro varia de 32 a 42 (super fina). Existem 16 tipos diferentes de agulhas específicas. A mais utilizada para trabalhos regulares é a número 38 (tamanho médio).

A feltragem com água e sabão consiste na fricção das fibras de lã, umedecidas com água (morna ou quente) e sabão (de azeite é o mais utilizado). É um processo mais demorado e contínuo até se atingir o efeito desejado.

Um dos processos utilizados para wetfelting é a colocação da peça de lã na máquina de lavar a roupa a alta temperatura. As fibras vão entrelaçar-se com o auxílio da temperatura, da água, do movimento mecânico e do sabão.

Podem também colocar-se perpendicularmente entre si diversas camadas de lã (penteada), adicionar o sabão e água com a ajuda de um borrifador e esfregar com movimento cíclicos e circulares, que permitam que as fibras se entrelacem.

Esta técnica possibilita elaborar diferentes peças, como roupa, chinelos, chapéus, colares, anéis, etc.

 

*Com informações do blog Terra de Cores (https://goo.gl/3xPNtF)

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