Aulas de reforço na Casa do Frei melhoram desempenho de alunos na Comunidade São Vicente

Entre as atividades de cunho sócio-cultural desenvolvidas na Casa do Frei, localizada na Rua Frei José dos Inocentes, estão as aulas de reforço ministradas pela professora-pedagoga Lucimere Nunes dos Santos. Aos sábados, pela manhã, as salas recebem os alunos da comunidade São Vicente, que desejam melhorar o desempenho nas disciplinas de matemática e português.

Em uma dinâmica diferente das costumeiramente ministradas em sala de aula, Lucimere todos os dias da semana dedica algumas horas para estudar formas de como passar o conteúdo de maneira mais atraente e menos cansativa. Com criatividade, as aulas são regadas a música, atividades em grupo, teatro, desenhos e muito diálogo.

O acompanhamento mais próximo que a professora tem com os 20 alunos matriculados, de idades variadas e cursando do primeiro ao nono ano do ensino fundamental, permite um melhor progresso dos ensinamentos passados aos alunos. A metodologia contempla ainda avaliações para medir a aprendizagem dos participantes.

A inovação das aulas desperta nos alunos a vontade de aprender e é a força motriz que os impulsiona a estarem cedo, antes das 8h, em frente à Casa do Frei, à espera da professora. “Quando eu chego eles já estão me esperando ansiosos. Eles gostam muito da aula, pois fazemos atividades diferentes das da escola tradicional”, comenta feliz a professora.

Além das aulas, a professora se preocupa ainda em proporcionar um dia recreativo, fora da Casa do Frei, para que os alunos realizem atividades desportivas. “Uma vez por mês eu trago um profissional parceiro de Educação Física para realizar atividades recreativas na rua”.

Amor à primeira vista

Segundo a professora o desejo de desenvolver um projeto social na comunidade se deu no primeiro contato com o Instituto Amazônia. “Eu vim até a Casa do Frei, conheci o projeto e fui visitar as salas. Perguntei se existiam aulas nessas salas e me falaram que não, porquê não tinha quem ministrasse as aulas. Eu disse: acabaram de encontrar! E assim surgiu a ideia de vir pra cá”.

Voluntariado

Sobre a dupla jornada, uma vez que atua em dois turnos todos os dias de segunda a sexta-feira na Escola Estadual Ribeiro da Cunha, a professora explica que precisava fazer alguma coisa por alguém e que nunca tinha conhecido um projeto como esse, que integrasse tanto a comunidade. “Lá do Parque das Laranjeiras eu venho pra cá todo sábado. Acho que o que você faz remunerado não conta como fazer algo pelo outro. É um trabalho. E aqui não, é um prazer”, finaliza.

 

 

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